Todo dia quando acordo
Vejo sempre a mesma merda
Logo mais me vem um ódio
Quando lembro o nome dela
Não consigo viver sóbrio
Em meus olhos tem remela
Tô vivendo um opróbrio
Minha vida é uma miséria
Tô cansado quero colo
Nada mais por mim espera
Em teus braços me consolo
Minha maldita magrela
O dia era todo nosso
Discutíamos na janela
Só sei que me deu um troço
Eu matei e enterrei ela
Não tenho culpa de nada
Não tenho culpa de nada
Não tenho culpa de nada
Se ela era uma noiada
Não tenho culpa de nada
Não tenho culpa de nada
Não tenho culpa de nada
Se eu matei a desgraçada
Eu confesso não queria
Tê-la enchida de facadas
E no meio da gritaria
Ela disse que me amava
E naquela agonia
Ela caiu debruçada
Ela já estava fria
Com a boca escancarada
Bem que ela merecia
Uma voz em mim falava
Já uma outra me dizia
Você fez a merda errada
Oh meu Deus, amanhecia
E ela toda ensanguentada
Sem saber o que faria
Enterrei a desgraçada
Não tenho culpa de nada
Não tenho culpa de nada
Não tenho culpa de nada
Se ela era uma noiada
Não tenho culpa de nada
Não tenho culpa de nada
Não tenho culpa de nada
Se eu matei a desgraçada
Uma noite alucinante
Uma noite alucinada
Uma noite alucinante
Uma noite alucinada